quarta-feira, 5 de maio de 2010

Relacionando Conceitos

Pode-se perceber nas torcidas e times de futebol claramente os seguintes conceitos:

Identidade: “sentido de pertencimento a grupos e de continuidade no tempo e no espaço, construído na vivência humana.” No nosso projeto, é nítido que um torcedor escolhe um clube/time devido a fatores como hierarquia familiar, passado glorioso do time, atual momento de gloria, cor de uniforme, jogadores/ídolos atuando pelo time, dentre outros. Já os jogadores parecem não ter esse sentimento de pertencimento e amor a camisa e trocam de time buscando unicamente o sucesso financeiro não levando muito em conta sua paixão, salvo raros casos em que o jogador jura amor pela camisa e faz jus a isso.

Stuart Hall (sociólogo jamaicano, 1932): identidades culturais na pós-modernidade; consumo cultural como fator de construção e afirmação identitária, conflitos e alianças entre sujeitos e grupos sociais; múltiplas performances dos sujeitos e dos grupos.

Subjetividade: “subjetividade como dimensão íntima de cada sujeito, variável e instável. Âmbito do julgamento pessoal, por vezes vista como algo pejorativo a ser separada das objetivações que ocorrem nas produções científicas, tecnológicas, da política, do mundo do trabalho.” Pra uns, futebol é vida, pra outros é hobbie/distração/lazer, pra outros é trabalho, pra outros é esporte, pra outros é dinheiro, pra outros é família, dentre outros pontos de vistas que mostram a presença da subjetividade no futebol, bem como em sua rivalidade.

Comunidade: “são significados subjetivos atribuídos pelos sujeitos aos grupos aos quais pertencem, buscando coerência e sentidos de pertencimento e de continuidade no tempo e no espaço para enfrentar as turbulências das dinâmicas de transformações das estruturas sociais. (Zygmunt Bauman, 1925)” Características que identificam e diferenciam uma torcida da outra bem como um clube do outro.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

últimos detalhes da apresentação do projeto que iniciamos nesta disciplina

Bom, esses últimos dias tem sido de correria intensa, não só nessa disciplina como em todas as outras.Amanhã farei uma entrevista com um integrante de Torcida Organizada, que pertence a mesma há um bom tempo, espero conseguir postar a mesma aqui depois de amanhã, tendo em vista que após a conversa que tivemos com a professora ela sugeriu que coloquemos apenas um pedaço do video ou no começo ou no fim da apresentação e por isso gostaria de disponibilizar na integra no Blog...abraço a todos

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Organização do Projeto Final

Bom, o blog anda meio parado....acredito que seja por conta das provas e trabalhos e a correria de sempre do fim do trimestre...
Eu e o Léo conversamos com a professora e ela nos deu uma boa base de como organizar o nosso projeto final..Estou com quase tudo certo para ir na sub-sede da gaviões da fiel no ABC, e estamos correndo atrás para conseguir a entrevista com o jornalista esportivo.
Peço para que o resto do grupo vá adiantando a elaboração do projeto final escrito...
Como especificado abaixo...
Conto com a colaboração de todos.
Abraço

Tema


Em qualquer projeto de pesquisa deverá existir um eixo central que organizará toda a atividade investigativa.
O título deverá sempre se referir a esse tema definidor do projeto – isso facilitará a justificativa.
Justificativa
É o porquê de se fazer a pesquisa.
Nessa parte do projeto, o grupo explicará a escolha da questão fundamental.
Deverá portanto “defender sua idéia”, “vender seu peixe”.
A justificativa detalha a validade de um projeto inscrevendo-o na reflexão maior. Normalmente nessa parte, apresenta-se um balanço sobre trabalhos que abordaram o mesmo tema, posicionando-se sobre como a visão apresentada pelo grupo se apresenta de forma inovadora. Por vezes, para isso, é preciso contestar teses existentes. Nesse sentido é aconselhável que sejam colocadas as experiências obtidas pelo grupo na forma de entrevistas, observações, pesquisa e análises prévias.


Objetivo
É a parte em que se conta o que será estudado e como será abordado o tema.
Nessa parte do projeto, geralmente, apresenta-se a(s)hipótese(s) de trabalho. Pois, tendo em vista a justificativa cabe ampliar o tema escolhido indicando sua problemática geral e as alternativas operacionais.
A problemática e as hipóteses são mecanismos facilitadores dos objetivos da pesquisa.

Dica: Use sempre verbos para definir os objetivos:
Realizar, descobrir, experimentar, comparar, conhecer, produzir, compreender, sistematizar…

Metodologia
É o como se vai fazer a pesquisa.
Nessa parte do projeto vamos explicar quais passos vamos dar e que caminho pretendemos seguir.
Ou seja devemos contar como realizaremos a pesquisa bibliográfica e de campo. Quais as Fontes escolhemos para o estudo e como as usaremos. No caso das pesquisas/observações já realizadas previamente, sugere-se que seja colocada a metodologia utilizada, separadamente.


Cronograma
Nele devemos prever o tempo para realizar as atividades de pesquisa. Ou seja o cronograma planeja o quando acontecerá:
Levantamento Bibliográfico
Fichamentos/resumos
Experimentos
Entrevistas
Texto final
Apresentação final

terça-feira, 13 de abril de 2010

1º seminário de torcidas organizadas e uniformizadas

Esse seminário que eu fiquei sabendo que ocorreu em 2009 por um amigo meu que é de uma torcida organizada, foi um seminário muito interessante que reuniu as maiores torcidas organizadas do pais.

A principio os membros das torcidas organizadas se reuniram na sede da gaviões da fiel em são paulo para discutir sobre problemas relacionados a todas elas incluindo a violência...

Depois, eles organizaram um encontro com representados do judiciário e com pesquisadores da área...

Realmente muito interessante...
Esse video do youtube é apenas uma das partes desse seminário, todas as partes podem ser encontradas no youtube...
Nesse trecho o representante da torcida organizada Ultra do Atlético Paranaense , que questiona a doutora Heloisa sobre o que ela considera fazer parte de uma torcida organizada, e EXPLICITA que na Torcida Ultra os ASSOCIADOS SÂO OBRIGADOS A APRESENTAR CARTEIRA DE TRABALHO OU CARTEIRINHA ESTUDANTIL para poder participar da torcida, o que pode ser visto como uma solução para os que acreditam que na torcida organizada só existe "vagabundo"...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Relacionando Conceitos

Cultura e Identidade: utilizando-se das três definições postadas no blog da matéria, se fizermos uma breve análise nas pessoas pertencenteas a torcidas organizadas e nos jogadores de futebol, me vem algumas perguntas na mente: será que eles se consideram iguais, levando em conta conjunto de crenças e seus costumes? Tanto os pertencentes de grupos rivais quanto do mesmo grupo? Os jogadores, em sua maioria, tem o sentimento de pertencer ao grupo/time que atuam?
Acho que ao mesmo tempo em que é facil generalizar, a grosso modo, é tambem arriscado responder essas questões com generalizações devido o fato de que não existe um padrão nem uma regra. O que podemos dizer numa analise fria é que a grande maioria dos torcedores não se vem num grau de igualdade quando os comparamos com grupos diferentes (rivais), mas quando comparamos com os de mesmo grupo, parece não importar sua cor, credo ou classe social pois parece que todos estão unidos pelo mesmo propósito: incentivar seu time!
Agora, também podemos dizer que os jogadores, quase que e sua totalidade, parece não se importar com identidade com a camisa do clube mas com o salário que o clube lhe paga acontecendo assim uma rotatividade de jogadores impressionante. É bem verdade que muitos também jogam em todos os times considerados rivais mas mesmo assim são respeitados em cada um deles. Mas, com certeza, a identidade não parece ser um motivo de defender o clube.

Outras opniões são aceitas. Comentem...

domingo, 11 de abril de 2010

Rumo do trabalho


Estou um pouco confuso com que rumo nosso trabalho deve tomar??

Pessoal do grupo...a primeira apresentação já está bem próxima e ainda tenho algumas dúvidas sobre que rumo devemos seguir dentro do nosso trabalho, tenho em minha posse muito material sobre a rivalidade no futebol desde livros, artigos, matérias até videos e imagens...a idéia inicial de coletar entrevistas não se sucedeu da forma como esperavámos, os contatos continuam sendo feitos mas tenho medo que não sejam feitos há tempo para o fim do quadrimestre...bom gostaria de propor que cada um coloque aqui a sua opnião sobre que rumo o trabalho deve tomar!

Na minha opnião o foco principal do trabalho deve ser mostrar como é estruturada uma torcida organizada, qual o real motivo para a violência que ocorre dentro e fora dos estádios, quais são as opniões em relação as torcidas organizadas tanto de integrantes das torcidas, pessoas comuns, jornalistas esportivos, sempre pensando nas diferentes idades , na diferença de sexo, entre outras.Outro ponto que considero muito importante é o de mostrarmos para as pessoas que as torcidas organizadas não são apenas um antro de marginalidade mas também centros sociais que possuem diversos projetos sociais , que muitas vezes acabam sendo ignorados pela maior parte dos criticos.

Bom a principio são essas minhas idéias para dar um pouco mais de foco ao nosso trabalho, acredito que a fase de pesquisa já tenha sido suficiente e que apesar de não termos postado a grande gama de material que temos no blog, o que temos já seja o suficiente...

Peço a participação de todos nessa fase muito importante do trabalho!!!

Torcidas... uma boa forma de divulgação

Quando falamos em torcidas organizadas, pensamos em brigas, conflito e situações constrangedoras.

Mas como está sendo motrado nesse blog, por traz dessa visão existem pessoas que utilizam das torcidas para estar sempre ajudando. Como exemplo temos o Brasil de Pelotas, que apresar de não ser um clube grande, tem uma torcida que realmente faz bom uso da sua "organização".

Trecho da matéria: "Torcida organizada do Brasil de Pelotas promove campanhas contra drogas e violência".

A Torcida Organizada Comando Rubro Negro, do Brasil de Pelotas, Rio Grande do Sul, lança duas campanhas chamadas: "Manifesto pela Paz - Nossa onda é torcer sem Violência" e outra antidrogas "Comando para os Fortes, Drogas é para fracos", com o intuito de conscientizar torcedores e jovens do clube contra as drogas e a violência que tira a beleza de espetáculos. Este manifesto quer demonstrar a todos que os membros da torcida também lutam por paz e justiça dentro e fora do estádio do nosso clube de coração.


matéria completa

Conflito na Imagem



Encontrei essa imagem e resolvi postar pois achei muito interessante o conflito existente na imagem.Enquanto abaixo os torcedores estão em conflito com a policia, logo acima existe uma mensagem de paz no futebol.

sábado, 10 de abril de 2010

Surgimento das Torcidas e Violência nos Estádios

Ao Pesquisar na internet encontrei um artigo muito interessante sobre o surgimento das torcidas organizadas, que fala um pouco também de como funcionava a estrutura das primeiras torcidas organizadas e a partir de que momento a estrutura começou a se transformar para os moldes atuais.
O nome do artigo é TORCIDAS ORGANIZADAS DE FUTEBOL: METAMORFOSES DE UM
FENÔMENO DE MASSA dos autores: Ms. José Correia Sobrinho (in memorian)
Iran Hermenegildo César

Decidi colocar apenas um trecho que considerei mais importante dentro do contexto da nossa pesquisa e acredito que a partir de agora visando a compactação das pesquisas feitas até agora e a escolha de um rumo para o nosso trabalho esse trecho seja muito importante pois fala das torcidas organizadas desde sua estrutura social, como econômica também, citando que essas torcidas se tornam verdadeiras empresas com seus diversos produtos e tudo mais...além disso é citado que as torcidas organizadas também realizam projetos sociais e que esses projetos sociais são muitas vezes as únicas fontes de lazer em comunidades mais carentes.

Trecho do Artigo:

3 O surgimento das torcidas e a violência nos estádios

Manifestações torcedoras sempre se fizeram presente em partidas de futebol.A primeira forma dessa manifestação, por exemplo, é denominada, por alguns pesquisadores, de torcidas voluntárias. Torcidas que, no início da nossa história do futebol, se reuniam única e exclusivamente em conseqüência dos jogos e tinham como elemento unificado a paixão, ou a simpatia, que nutriam por um ou por outro clube .
Nesse momento, os laços de identidade e de solidariedade ficariam restritos ao espaço de duração dos jogos, podendo ser revividos em momentos do cotidiano desses torcedores, como em bares e rodas de amigos. E a rivalidade se daria mais em oposição, propiciada com o início da industrialização brasileira em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, entre o nativo e o estrangeiro que, nesse contexto, passavam a disputar um mercado de trabalho em formação.
Novas formas torcedoras, segundo TOLEDO (1996), surgiram nos anos 1940. Devido à sua estrutura, essas torcidas possibilitavam a continuidade da identidade e dos sentimentos de unidade vivenciados pelos apaixonados do futebol e que antes se restringiam quase que exclusivamente aos momentos dos jogos.
E isso é possibilitado com a fundação, em 1940, da Torcida Uniformizada do São Paulo F.C, pelos chamados torcedores símbolo Manoel Porfírio da Paz e Laudo Natel e, em 1942, no Rio de Janeiro, com a fundação da Charanga do Flamengo por Jaime Rodrigues de Carvalho.
De acordo com TOLEDO (1996), essas torcidas tinham uma estrutura básica de organização, com o comando de uma só pessoa, conhecida como “o chefe de torcida”, que agrupava em torno de si dezenas de simpatizantes, sendo as mesmas vinculadas aos clubes através de políticos, dirigentes ou funcionários.
Diferentemente, as torcidas organizadas de hoje, que vemos com suas práticas violentas, cânticos e expressões verbais de hostilidade e de desprezo aos adversários, são consideradas como um fenômeno mais recente, datando do final do dos anos 1960. A “Gaviões da Fiel”, uma das maiores torcidas organizadas de futebol, foi fundada em 1969 depois de uma discussão com um dos dirigentes do Clube. Para DIAFÉRIA, os integrantes da “Gaviões da Fiel” foram os primeiros que realmente se organizaram, com o propósito de ajudar seu clube (Sport Club Corinthians). Sua história começa no dia 01 de julho de 1969, data
em que o clube estava, mais uma vez, fora da disputa do título
Essa nova torcida se caracteriza por apresentar seus componentes de forma impessoal. Não são centradas na figura de uma só pessoa, como as anteriores, burocratizadas na sua estrutura organizacional, estatuídas, com presidente eleito para um período determinado, conselho deliberativo, diretoria e sócios, constituindo-se como uma empresa privada, sem fins lucrativos.

Ao contrário de outros fenômenos de expressão juvenil, como as gangues, por exemplo, e até mesmo do fenômeno torcedor inglês, os hoolingans, as nossas torcidas estariam atuando dentro do que denominamos de “esfera da legalidade”, dentro do espaço aonde são reconhecidas como legais e legítimas representantes dos
clubes, por torcedores, imprensa e o público de modo geral (...)
Além dessas características identificadas por nós como exclusivas das novas formas de torcer, surgidas a partir do final dos anos 1960, outra característica importante é o suposto papel social defendido pelos dirigentes de torcidas organizadas, quando alegam que em vários momentos, nas periferias dos grandes centros urbanos, são essas torcidas organizadas que promovem o lazer, se engajam em campanhas filantrópicas e garantem a assistência
médica, como no caso da torcida Mancha Verde, em São Paulo, aos seus associados. Os torcedores não são meros espectadores passivos, como nos afirma BARROS(1990), eles formam grupos, cobram mensalidades, vendem camisetas, chaveiros, flâmulas, e tudo que pode trazer dinheiro, uma atividade que virou também um comércio e, como todo comércio, para ser rentável, precisa de uma propaganda positiva. Na verdade, a partir do momento em que se constituem em empresa4, acompanhando a evolução que teria ocorrido com os clubes, as torcidas teriam obtido um grau maior de autonomia em relação àqueles, ampliando seu espaço de atuação, trazendo, para o dia-a-dia,uma rivalidade antes vista exclusivamente nos campos de futebol.
E como toda organização que se preza, as torcidas se utilizam de um marketing para divulgar seus produtos e – nesse caso – despontar como temidas e violentas, podendo isso ser uma forma de cada vez mais atrair para seu interior um mercado consumidor, constituído, na sua maioria, por jovens que buscam não só segurança e algo no que acreditar, mas identidade e visibilidade social. Um público consumidor não só de um produto “Mancha” ou
“Gaviões” etc., expresso nos uniformes, bonés, camisetas, mas também do lúdico e todo imaginário construído pelo grupo.
De acordo com CORREIA SOBRINHO (1997), no momento em que se constituem em empresas, as torcidas teriam adquirido uma maior autonomia em relação aos clubes, ampliando seu espaço de atuação, trazendo, em conseqüência, para o dia-a-dia, uma rivalidade antes vista, quase que exclusivamente, nos momentos dos jogos. Daí as ocorrências envolvendo torcedores em estações ferroviárias, ponto de ônibus, onde o vestir uma camiseta
adversária já o coloca como possível vítima da agressividade de grupos rivais.

As torcidas, à medida que ganharam autonomia em relação aos clubes, tomaram para si e (re)significaram não só as cores, mas todos os símbolos que caracterizavam os respectivos clubes. São elas, hoje, o elemento proporcionador da identidade, da unidade5, do sentimento de segurança. Um integrante de uma torcida organizada não diz “sou torcedor de tal clube”; ele diz sou membro de “tal organizada que torce por tal clube”.

link para o artigo completo:http://www.cchla.ufrn.br/interlegere/revista/pdf/3/ex02.pdf

quarta-feira, 7 de abril de 2010

FPF proíbe Gaviões da Fiel de entrar nos estádios por trinta dias

Bom, noticia que acabou de ocorrer, sinceramente achei que esses problemas de violencia nos estádios havia diminuido depois de alguma medidas incluindo o estatuto do torcedor. Mas ainda não coneseguiram combater isso de forma eficaz...

segue o link: http://www.espbr.com/noticias/fpf-proibe-gavioes-fiel-entrar-estadios-30-dias


bom outra sugestão q eu pensei hj vendo hj os grupos é sair do tema rivalidade no futebol e abranger todos os esportes.... rivalidade nos esporte... acabei de citar um exemplo do filme invictus que mostra rivalidade no rugby, é uma coisa a se pensar..

sexta-feira, 26 de março de 2010

Invictus, como um esporte uniu um pais.

O ano é de 1995, e a copa do mundo de rugby se aproxima, na Africa do Sul o rugby é tido como um esporte de branco, e o time nacional Springboks é visto como simbolo da supremacia branca mesmo com o fim do apartheid. Enquanto isso Nelson Mandela na presidencia do pais tenta de a todo instante com que seu governo seja de união ("arco-iris") e que os negros não tendam a apos o fim da opressão se vingar dos brancos, devolver todos os sentimentos de frustração que sentiram antes mas sim... dar aos brancos o perdão de uma discriminação exacerbada e com isso fazer um pais realmente igualitario para todos...

E qual é a proposta ao longo do filme, que é baseado em fatos reais, atraves da copa mundial de rugby conseguir fazer com que as pessoas torçam para o pais... e não mais para os rivais do Springboks , mas unindo-se a eles.

O time com quase de 100% brancos roda os campos do pais para treinos a pedido do presidente, e começa dentro do campo a integração da nação, vistando campos em guetos e em regiões desoladas pela falta de infra estrutura, alimento, moradia e todo o caos social que a Africa do Sul passava naquele momento. O time de rugby se fortalece, e vai passando jogo por jogo os negros começam a aderir ao "esportes dos brancos" e a copa mundial de rugby que estava ocorrendo na Africa do Sul tem agora um torcida pelo pais... barncos e negros torcendo por um time, os estádios apresentam bandeiras unicas da Africa do Sul... a nova bandeira.

Achei fantastico o filme, baseado em fatos reais ele transforma pouco a pouco a rivalidade da divisão de uma nação em um objeto que pode unir a nação que tanto precisava se libertar dos seus preconceitos.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Torcedores brigões de 18 a 52 anos de idade.

A seguir uma materia retirada do site goal.com mostrando que na Europa nao existe idade para brigar. (matéria do dia 21/01/2010)

Polícia detém hooligans por violência em Manchester

A Polícia britânica deteve na terça e nesta quarta-feira 11 possíveis hooligans por relação com os incidentes violentos antes e após a partida da semana passada entre Manchester City e Manchester United, pelas semifinais da Copa da Liga Inglesa.

Sete dos torcedores, de entre 18 e 52 anos, foram detidos em batidas feitas hoje em Greater Manchester, Preston, Lancashire, Bradford e Yorkshire. Os outros quatro, de entre 17 e 30 anos, foram encontrados nesta terça-feira em Manchester.

A Polícia acredita que as detenções vão desencorajar os torcedores violentos a ir hoje ao estádio Old Trafford, para a partida de volta da semifinal.

No jogo de ida, disputada no estádio do City, o United venceu por 2 a 1 com gols do atacante argentino Carlos Tévez.

Novo Estatuto irá responsabilizar organizadas



Torcida Organizada do São Paulo Futebol Clube, a Independente.




Durante encontro com o ministro dos Esportes, Orlando Silva Jr., na quarta-feira, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, concordou em agilizar a tramitação de um projeto de lei que altera o Estatuto do Torcedor.
O texto define penas de reclusão para torcedores que praticarem atos de violência e responsabiliza civilmente as torcidas organizadas pelos danos causados por seus membros. O projeto, de autoria do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), está em fase de análise por comissões do Senado, que pode ser abreviada mediante acordo das lideranças.
A discussão foi reforçada após confrontos, no último domingo, entre torcedores de São Paulo e Palmeiras, que resultaram em um morto e pelo menos 20 feridos.


Reportagem extraída do Jornal Folha de São Paulo, edição de 28 de fevereiro de 2010.



Montagem realizada por torcedor da Mancha Verde com imagens agressivas da atuação de alguns componentes da organizada.




terça-feira, 16 de março de 2010

Nem tudo são flores...

Foi citado muitas atividades pertinentes realizadas pelas torcidas organizadas, mas infleizmente continuamos com o problema da violencia do futebol... segue então o artigo sobre as "BArras brava" que inicialmente era um movimento argentino e atinge atualmente o Brasil também... são movimentos de diversos de times mas com fanastismo exacerbado que contribui pra cegar as mentes das pessoas que aplicam a violencia no futebol...

Link: http://planetaboleiros.wordpress.com/2008/11/04torcida-a-alma-do-espetaculo-edição-especial/

segunda-feira, 15 de março de 2010

Futebol e a fúria das torcidas organizadas - Aspectos sociológicos e jurídicos//Última parte

Essa é a última parte que considerei importante do artigo citado nos últimos 3 posts do advogado Gustavo Serafim de Aguiar Silva.Essa parte traz a conclusão do artigo...Lembrando que meus comentários sobre o texto estão sempre ao fim do texto..

o link para quem quiser ler o artigo na integra é:
http://www.duplipensar.net/artigos/2008-texto/futebol-furia-torcidas-organizadas-introducao.html
Conclusão

Urge mudar essa realidade! É evidente de que as instituições do Estado e principalmente a família estão falhando sistematicamente na educação e proteção do desenvolvimento dos jovens. É inadmissível que um jovem para se identificar com um determinado grupo tenha que se impor fisicamente e o que é pior, todos seus atos configurem ilícitos penais e que venha causar danos gravíssimos a outro jovem, quando não raras vezes acabe com a morte do próximo.

É claro que as soluções administrativas encontradas pelo STJD ou pela CBF não passam de manobras paliativas frente a gravidade dos acontecimentos, como os portões fechados, torcida adversária proibida de ir ao Estádio entre outros.

O problema da arma branca não deve se concentrar em sua definição, pois absolutamente qualquer objeto a mão de um torcedor furioso pode se configurar como arma branca. Muito menos ao seu porte, mas sim como configurador de ilícito de baixa gravidade, exclusivamente nessas situações da torcidas organizadas, nas dependências ou vizinhanças do Estádio, para que na sua incidência, medidas mais sérias possam ser tomadas, pois do jeito que está não pode continuar.
E o mais importante, pela consciência do torcedor de seus Direitos como consumidor frente às obrigações do clube por cuidar de sua proteção nas dependências do clube. Pois com a incidência de indenizações pressionadas pela justiça nesse cumprimento, os clubes certamente hão de melhorar sua segurança com câmeras, detectores de metal, segurança privada e na proibição de freqüentar suas dependências pelos torcedores marginais.

Infelizmente, esta tendência dos legisladores atuais não dá mostras de que vá haver alguma mudança. Conclui-se por fim, uma medida que se mostra muito eficiente enquanto as mudanças legislativas não aparecem, são as palestras oferecidas pelos órgãos judiciários e pelo Ministério Público em comunidades carentes e em colégios públicos e particulares. Também é muito eficiente a identificação dos membros das torcidas organizadas e de uma Delegacia de Policia “provisória” nas dependências do Estádio, para averiguação imediata dos principais infratores, recolhimento de objetos que causem perigo a incolumidade pública e para a efetivação dos termos circunstanciados.

Comentários:

O autor em sua conclusão cita as soluções que ele considera mais viáveis para diminuir o problema da violência nos estádios, dentre elas a necessidade dos torcedores que se sentirem agredidos ou incomodados com atos de violência nos estádios entrem com uma ação contra o clube , assim o clube se sentiria pressionado a tornar o estádio um ambiente mais seguro e além disso medidas educativas como palestras em escolas com o intuito de impedir que os jovens se tornem futuros agressores.
O que eu gostaria de deixar como comentário desse artigo é que eu considerei a visão do autor muito limitada perante uma realidade muito maior...em vários momentos em seu texto ele se utiliza de generalizações para retratar a realidade das torcidas organizadas, sempre as tratando como verdadeiros antros de marginais e agressores...

domingo, 14 de março de 2010

Futebol e a fúria das torcidas organizadas - Aspectos sociológicos e jurídicos//Parte 3

Mais uma parte do artigo que citei nos dois posts anteriores, é muito importante que sejam lidas todas as partes para que se entenda o contexto que o autor do artigo cita e sua visão para o fenomeno das torcidas organizadas...

A realidade das torcidas organizadas

Podemos definir torcidas organizadas como agrupamento de pessoas simpatizantes de um clube de futebol, sem fins lucrativos, além do objetivo principal de incentivar o time, também defender a integridade física de seus membros durante os conflitos físicos e verbais com os adversários. Promovem eleições periódicas para eleger o quadro administrativo. Sabe-se que as torcidas organizadas assumem estrutura administrativa militarista, contendo estratégias de confronto, ataque e defesa.

Em 1969 foi fundada a primeira torcida organizada do Brasil, com o objetivo de fiscalizar dirigentes do SC Corinthians Paulista, a Gaviões da Fiel é uma organização burocrática, com registro civil em cartório e admitindo o confronto aberto entre torcedores e até mesmo contra a polícia. São justamente estes confrontos que fomentam o crescimento das organizadas, por mais contraditório que possa parecer.

É evidente que os confrontos entre torcidas não são resultados do destino. São manifestações planejadas com minúcias militares, envolvendo táticas e armamentos como o coquetel molotov7, bombas de fabricação caseira, armas de fogo, estiletes e vários outros objetos que estejam ao alcance imediato que possibilitem lesões seguida de morte.

As demonstrações de coragem, ousadia e suposta superioridade de um grupo sobre o outro, são verdadeiras demonstrações de sensações que os jovens têm de pertencimento e de acolhida em um grupo estruturado aos moldes da sociedade, entretanto, neste espaço suas ações tem ressonância e conquistam respeito do grupo, mesmo que configurem ilícitos penais.

A existência de jovens entre a maioria dos associados, se explica pela sensação de segurança relacionada à adesão, a ideais rígidos de masculinidade, pelo companheirismo e pala possibilidade de auto-firmação pelo meio da força. Seguindo esse contexto, nossas instituições, as famílias inclusive, fracassam em respostas as necessidades e aos desejos destes jovens.

Comentários:
Nessa parte do artigo eu achei que o autor foi meio exagerado pois o que ele descreveu na minha opnião foram guerrilhas e não torcidas organizadas...mas de qualquer o que podemos tirar dessa parte do artigo é que a visão do autor se limita apenas a violência gerada pelas torcidas organizadas se esquecendo de todo o resto como projetos sociais realizados pelas mesmas.Outro ponto interessante desse trecho do artigo é essa sensação de acolhimento que ele diz que os jovens sentem nesses locais, pois realmente existem algumas necessidades dos jovens que muitas vezes as familias não conseguem suprir.
Algumas dessas necessidades podem ser supridas em ambientes como as torcidas organizadas, mas não só as necessidades que o autor cita relacionadas a violência mas outras também relacionadas a lazer e cultura, que são supridas por projetos sociais que muitas vezes são as unicas fontes de lazer de jovens da região...

sábado, 13 de março de 2010

Futebol e a fúria das torcidas organizadas - Aspectos sociológicos e jurídicos//Parte 2

Ai vai a próxima parte que achei interessante no artigo que postei ontem, lembrando que meus comentários estão no fim do post...

Origens e identificações da violência desportiva

É incontestável a paixão do brasileiro pelo esporte número um, o futebol. Alguém conhece algum amigo, vizinho ou colega que admita com tranqüilidade, a superioridade do time rival? É claro que as derrotas são conseqüências de um juiz ladrão, mal intencionado ou cego. Se o time joga mal, pode ser um dia ruim do armador, ou melhor, o técnico burro escalou mal. Quantas vezes nós já xingamos nossos vizinhos com sonoros palavrões, ou o juiz por expulsar um de nossos jogadores por uma “entradinha”? Sem falar no ótimo programa que se tornou reunir os amigos para um churrasco antes de assistir a um jogo acompanhado por cervejas bem geladas.

Infelizmente, nosso trabalho tem por escopo enfrentar o problema do torcedor fanático, blindados por grupos solidários ao seu sentimento e escudados pela camisa de um time. As arquibancadas não são mais locais seguros para as famílias, sendo palco da violência entre torcidas, absolutamente, qualquer lugar serve para esta rinha de furiosos.

No dia 29 de maio de 1985, o mundo do futebol e do esporte ficou marcado pela extrema violência dos hooligans ingleses contra os italianos. Antes mesmo do inicio do jogo no Estádio de Heysel, na Bélgica, já havia decorrido o conflito com o resultado catastrófico de 38 mortos e 450 feridos. A final da Copa da Europa ficou sem brilho e os gritos de gol foram abafados pelos urros de horror e socorro. O acontecimento ficou conhecido como o Massacre de Bruxelas.

Conforme estudo sobre hooligans, trata-se de um fenômeno Europeu, com origem na Inglaterra, que modifica drasticamente o comportamento do espectador de futebol em relação a um conjunto de atitudes, valores pessoais e sociais e visões de mundo. Iremos expor as duas versões para explicar este fenômeno:

A primeira versão aponta a relação direta da violência no futebol com a estrutura de classes, com origem nos jovens filhos de operários. Tal fenômeno seria uma conseqüência dos ajustamentos políticos, econômicos e socioculturais promovidos desde os anos 1960 na Grã-Bretanha, vinculando a violência ao desemprego. Torcedores estariam reproduzindo as relações estabelecidas em seus bairros, onde a cultura proletária elege seus líderes, aqueles que demonstram maior força física e coação moral na busca pelo respeito.

A segunda versão é mais ampla, explica que os grupos de hooligans foram formados por vários grupos existentes (teddy-boys, rockers e skinheads) e o comportamento agressivo não estaria apenas vinculado a classe social as quais pertencem, mas sim no nascimento de uma cultura juvenil que valoriza a força física, o confronto e a prática da violência gratuita contra supostos adversários. Sendo a mídia indispensável na divulgação de seu movimento.3

Os hooligans são, em sua grande maioria, jovens urbanos que aderiram à cultura da violência gratuita e acostumada à própria violência de nosso cotidiano. O termo hooligan tem sua possível origem da publicação de Hooligan Nights, de Clarence Rook, publicado em 1899. Narra à história de um jovem briguento, desordeiro e homicida, que condenado, morre na prisão, seu nome era Patrick Hooligan. Existe uma segunda versão para o surgimento do termo, vinculada a uma família Irlandesa que viveu em Londres, no fim do século XIX, os Houlihan, considerada violenta. O termo foi rapidamente associado a grupos de jovens violentos, na Europa os torcedores fanáticos ficaram rotulados por hooligans, no Brasil ficaram rotulados por torcidas organizadas e no restante da América Latina de barras bravas.

Comentários:Nesse post o autor nos mostra algumas possiveis causas dos surgimento da violência no futebol, usando como exemplo os hooligans da inglaterra, a primeira versão para o surgimento dessa violência diz que ela provém do meio social que os torcedores vivem e é apenas uma extensão dos seus bairros onde eles mesmo elegem seus lideres , que são "aqueles que demonstram maior força física e coação moral na busca pelo respeito". , ou seja as pessoas que estão praticando esses atos de violência são pessoas que de alguma forma sofreram ou sofrem por conta dos ajustamentos politicos que ocorreram na inglaterra nessa época trazendo um desemprego enorme e consequentemente aumento da marginalidade.(VIOLÊNCIA VINCULADA A CLASSE SOCIAL)

A segunda versão diz que a formação desses grupos de torcedores violentos veio da junção de outros grupos que já tinham histórico de violência como os teddy-boys e os skin-heads, ou seja não seria novidade, mas seria apenas uma continuação da cultura juvenil que valoriza a força fisica acima de tudo, ou seja não estaria vinculada somente a classe social.(VIOLÊNCIA NÂO VINCULADA APENAS A CLASSE SOCIAL)

Essa introdução a violência na Inglaterra pode nos ajudar a analisar a violência das torcidas no futebol brasileiro, pois nos permite saber por onde começar...será que a violência das torcidas organizadas está relacionada com a repressão as classes sociais mais baixas ou a falta de oportunidade dos menos favorecidos? esse é um assunto para se pensar...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Futebol e a fúria das torcidas organizadas - Aspectos sociológicos e jurídicos

Encontrei mais esse artigo muito interessante sobre as torcidas organizadas e como elas se estruturam, nos próximos posts colocarei as partes dos artigo que considerei mais importantes para o contexto do trabalho, sempre ao final de cada post comentando o que eu acho do que está escrito no post...

O nome do artigo é: Futebol e a fúria das torcidas organizadas - Aspectos sociológicos e jurídicos e foi escrito pelo advogado Gustavo Serafim de Aguiar Silva.
Para que os posts não fiquem muito grandes colocarei cada parte que considerei mais importante em um post.

Introdução
A violência no país aumentou incomensuravelmente na última década e a impunidade e a exigência da sociedade pela apuração dos culpados em conformidade com a pressão da imprensa em casos de comoção social tem gerado críticas vorazes ao Poder de Polícia e ao Ministério Público sobre sua capacidade, transparência e como garantidores da ordem social.

É necessário o entendimento dos enlaces realizados entre o Direito Penal e o Direito Civil, principalmente na seara da proteção ao consumidor. A uma névoa frente os olhos dos consumidores, ou seja, dos torcedores pacíficos que não conhecem seus direitos frente aos poderosos clubes e seus deveres e obrigações com seus associados e torcedores.

Diante de um ilícito penal, caberá ao torcedor (consumidor) recorrer ao órgão competente para investigar o ilícito e concorrentemente tomar as devidas providências na área civil para o ressarcimento pelos danos sofridos? Uma mesma situação poderá ter repercussões tanto na esfera penal como na esfera civil? Quando este mesmo fato for tratado por ambos, haverá uma conexão, porém, sem que cada um perca por isso suas características próprias?
Cogita-se sobre até a suspensão de jogos como solução apaziguadora das infindáveis batalhas campais, mas tal solução não teria uma conotação inconstitucional? Perda de mando de campo, portões fechados e segurança privada são as formas ideais e mais eficientes de punir e coagir tamanha manifestação de ódio por parte das “organizadas”?

Ao mesmo tempo nos questionamos sobre a eficácia de nossas leis, e por óbvio, se há uma fiscalização por parte do Poder Público no cumprimento de nosso ordenamento.

O torcedor pacífico, que apenas quer assistir a um espetáculo esportivo, tem razão de ficar temeroso ao avistar uma torcida organizada rival? Ao portarem paus e pedras, configura algum ilícito? O que é arma branca? Configura como contravenção ou está tipificado no estatuto do desarmamento? Arma desmuniciada por um torcedor para dar um “sustinho” nos adversários, também configura ilícito? Que tipo de crime configura?

Este trabalho tem como objetivo fazer uma breve elucidação sobre o tema, com uma pesquisa referente ao fenômeno “torcida organizada” pelo aspecto sociológico, psicológico sociológico e dogmático, sem aprofundar muito em questões constitucionais, focalizando nas causas da violência entre torcidas organizadas, bens tutelados pelo ordenamento jurídico e nas garantias fundamentais aos cidadãos.


Comentários:Nessa introdução eu achei que o autor resumiu bem os problemas que um torcedor comum pode encontrar ao ir ao estádio e citou algumas das soluções propostas pelo poder público para diminuir a violência nos estádios...
" Perda de mando de campo, portões fechados e segurança privada são as formas ideais e mais eficientes de punir e coagir tamanha manifestação de ódio por parte das “organizadas”?"
Essa pergunta que o autor deixa no ar nos leva a pensar sobre as soluções propostas pelo governo e sobre a efetividade dessas soluções, que na minha opnião é quase zero, principalmente a questão de jogos com portões fechados , pois prejudica a todos os torcedores e não só os que agiram de maneira inadequada, eu acredito que a melhor maneira de se evitar violência nos estádios é através do cadastro em um banco de dados de todos os torcedores que vão ao local, para que assim seja mais fácil a identificação dos transgressores da lei e assim os mesmos possam ser punidos...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Doaçao de sangue (campanha)

Campanha corintiana incentivando a doação de sangue.

Mais torcidas com essa inciativa!!!

terça-feira, 9 de março de 2010

A comunidade MORAL

Encontrei uma reportagem bem bacana esses dias sobre as Torcidas Organizadas com uma passagem histórica e uma análise crítica sobre o assunto:





A Comunidade Moral
( por José Paulo Florenzano)

As torcidas organizadas, no Brasil, assim como os agrupamentos ultras, na Itália, começaram a ocupar as arquibancadas e a modificar o clima e a paisagem dos estádios a partir dos últimos anos da década de 1960.
Lá, como cá, abandonaram a condição de simples espectadores da partida de futebol para desempenhar o papel de protagonistas do espetáculo que elas próprias criavam e desenvolviam, inspiradas pela "metáfora da guerra", como mostra a perspectiva antropológica de Alessandro Dal Lago.
A violência, no entanto, não se restringia aos limites de uma batalha simbólica, mas se deslocava no espaço, driblava as medidas de repressão e adquiria, ao longo do tempo, forma e intensidade, alcance e significados muito diversos.
De fato, como mostram os estudos feitos na Itália, os jovens torcedores logo enveredaram pela estrada do antagonismo violento, militarizaram-se, adotaram a "lógica da guerra".
Isso os levava a planificar com antecedência a escolha do lugar da luta, a calcular o momento certo da ação, a delinear previamente a tática a ser empregada no combate travado cada vez mais fora das praças esportivas.
Ao mesmo tempo, procuraram alcançar um consenso em torno das "regras do jogo" no qual se achavam imersos -isto é, definir as armas, os atores e as circunstâncias do confronto.
Uma circular redigida por integrantes do movimento buscava estabelecer os ditames do comportamento ultra: "Não se toca nas mulheres e nos velhos e não se enfrenta quem não tem nada a ver e não tem a possibilidade de se defender".
Visto por esse prisma, o estereótipo da "horda de bárbaros embriagados" transfigurava-se, segundo o sociólogo Antonio Roversi, em uma "comunidade moral".
Esta era edificada com base em um repertório próprio de regras, dotado de mecanismos simbólicos de integração dos jovens reunidos na cultura da curva, na qual a violência desfrutava de um lugar privilegiado, mas não se revestia de uma forma caótica nem se desenvolvia de modo aleatório.
Ao contrário, ela se desenrolava no quadro das rivalidades e das alianças tecidas entre os diversos agrupamentos e de acordo com o código de comportamento aceito e partilhado pelos torcedores.
A via brasileira apresentava pontos em comum com o percurso italiano, mas também se distinguia pela elaboração de características próprias e traços originais.
Nesse sentido, enquanto o caminho dos ultras atravessava o campo minado do extremismo político (alguns grupos se autodenominavam "brigadas", em alusão ao partido armado identificado pela estrela de cinco pontas), o das organizadas desembocava na República do Futebol, paisagem histórica definida por inúmeras experiências de autonomia - como, por exemplo, o Trem da Alegria, idealizado por Afonsinho, e a Democracia Corintiana, liderada por Sócrates.


Aspectos contraditórios

Essa paisagem histórica, delimitada pelos anos de 1978 a 1984, contemplava ainda a iniciativa do jogador Wladimir de estender às gerais e arquibancadas o processo de mudança deslanchado no Corinthians: "As discussões são abertas aos diretores, aos jogadores, aos sócios e até à torcida".
Mas a participação desta última nos anos revolucionários do futebol brasileiro comportava aspectos contraditórios.
De um lado, ela promovia o salto de qualidade no exercício da violência, refletido tanto no conflito entre as organizadas do Santos e da Portuguesa -em 1979, na Taça São Paulo, com um saldo de 15 pessoas feridas- quanto nas brigas ocorridas antes, durante e após o clássico entre Santos e Corinthians, em 1983, com tiros disparados ao redor do estádio e focos de incêndio dentro do Morumbi.
De outro lado, ela reivindicava o direito de participação e o concretizava por meio de várias iniciativas.
Entre elas, pode-se destacar, em 1977, o debate sobre a criação de uma Associação das Torcidas Organizadas; em 1978, a greve promovida pela Torcida Uniformizada do Palmeiras contra o desgoverno implantado no clube; em 1981, a crítica da Torcida Jovem do Santos à fórmula esdrúxula do Paulista; e, em 1984, a presença da Gaviões da Fiel nos comícios das Diretas-Já.
Violência e participação se constituem, portanto, nos fatores decisivos do universo das organizadas.
Isso significa que, além do combate imprescindível e sem tréguas à impunidade dos atos brutais, o enfrentamento do problema atual pode incluir a criação de novos canais de participação e espaços de debate.
De fato, como diz o sociólogo Antonio Roversi, juízos acusatórios e categoriais morais impedem a compreensão do quadro dinâmico das torcidas.
Eles não permitem, assim, elucidar as linhas de continuidade, identificar os pontos de ruptura, apontar as reviravoltas que ora as colocam no exercício de uma violência desregrada, ora as aproximam da prática democrática elaborada em conjunto por aqueles que desejam reinventar a República do Futebol e manter, tanto quanto possível, a rivalidade dos jovens torcedores nos limites de um duelo simbólico.

José Paulo Florenzano é professsor de antropologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, bolsista da Fapesp e autor de "A Democracia Corinthiana".




Retirado de:
Jornal Folha de São Paulo, edição de 28 de fevereiro de 2010.


segunda-feira, 8 de março de 2010

O União das torcidas Organizadas.

Achei um portal muito interessante que unia diversas torcidas organizadas, o que mais me chamou atenção é que o site tem um grande destaque para as produções das torcidas: bandeirões e outras formas de expressão. O mais legal disso tudo é que a rivalidade no esporte serve como forma de arte, o que poderia parecer tão bobo para muitos, para esses grupos são formas de enxergar o mundo .....

Outra observação interessante é que existe um estatuto do torcedor!!!! Não tinha conhecimento disso, e o estatudo protege do torcedor a organização da pratica desportiva quanto a trasparencia de jogo e pans...

Tem muito material... vou mexer mais um pouco nele para ver o que acho...

Segue o site:
www.organizadasbrasil.com

Livros sobre futebol e torcidas de futebol

Alguns livros que podem trazer boas informações pra nós interessados no assunto:

“Torcidas Organizadas de Futebol” – Luiz Henrique de Toledo
“Ponta pé inicial, Memória do Futebol Brasileiro” - Waldenyr Caldas

Abraço a todos.

Top 10 das maiores rivalidades no futebol

Segundo a CNN, segue a lista dos maiores classicos mundiais considerando a historia dos clubes, numero de torcedores e quantidade de confrontos:

1º. Celtic x Rangers (Escócia)
2º. Lazio x Roma (Itália)
3º. Boca Juniors x River Plate (Argentina)
4º. Al Ahly x Zamalek (Egito)
5º. Galatasaray x Fenerbahce (Turquia)
6º. Olympiakos x Panathinaikos (Grécia)
7º. Red Star Belgrade x Partizan Belgrade (Sérvia)
8º. Wydad x Raja Casablanca (Marrocos)
9º. Corinthians x Palmeiras (Brasil)
10º. Peñarol x Nacional (Uruguai)

domingo, 7 de março de 2010

Entrevistas

Bom galera, conforme o combinado, estou correndo atras dos contatos dos presidentes das maiores torcidas de Sao Paulo. Acho que nao vamos ter problemas quanto a isso, uma vez que os lideres das torcidas tem total interesse em medidas que tentem ou possam acabar com os conflitos. Novas informações eu aviso...

sábado, 6 de março de 2010

Torcidas muito "organizadas"

O futebol é um esporte praticado por todo o mundo e a rivalidade existe da mesma forma como aqui. No video vemos um exemplo de rivalidade e idolatria de torcidas por seus times. Da pra perceber que lá as torcidas sao muito "organizadas" mesmo, pois marcam encontros em ruas que mais parecem guerras medievais.

Será que queremos ser um país tendo esse como exemplo?

Link do Video

sexta-feira, 5 de março de 2010

Projetos Sociais

Dentro do contexto de projetos sociais desenvolvidos por torcidas organizadas encontrei um ótimo exemplo da torcida organizada gaviões da fiel.
Nesse exemplo existe o pedido de parceria com os ministérios e alguns exemplos de projetos sociais já em andamento e planejamento para projetos futuros.

http://www.gavioes.com.br/arquivos/pdf/projeto2009.pdf

Documentário do MTV overdrive

Ao pesquisar pela internet me deparei com esse documentário muito interessante sobre as torcidas organizadas feito pelo MTV overdrive.O Documentário está dividido em 5 episódios e traz visões tanto de pessoas de dentro quanto de fora das torcidas organizadas com participação de renomados jornalistas esportivos como Paulo Vinicius Coelho da ESPN e Juca Kfouri.Esse documentário conta um pouco da história das torcidas organizadas relacionando não só com o momento atual mas também com momentos históricos do Brasil como a Ditadura Militar.
O documentário também traz criticas por parte dos torcedores organizados com relação a imprensa, pois eles acreditam que a imprensa maximiza as coisas ruins que acontecem como brigas e vandalismo, e muitas vezes se esquecem de valorizar o lado social que existe dentro das torcidas organizadas.

Episódio 1:Por que existem as torcidas Organizadas.


Episódio 2:A violência dentro e fora dos estádios
Parte1:

Parte2:


Episódio 3:Quem é o culpado pela violência? E qual é a solução?


Episódio 4:Qual o papel da imprensa?


Episódio 5:Rivalidade e paixão nas Torcidas Organizadas.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Mas nem tudo está perdido!



Bela iniciativa da torcida Gaviões da Fiel em protesto contra o Racismo e a exclusão social.

Artigo sobre torcidas organizadas

Ao pesquisar na internet encontrei um artigo muito interessante sobre a violência entre torcidas organizadas de futebol escrito por CARLOS ALBERTO MÁXIMO PIMENTA
Professor de Sociologia na Universidade de Taubaté.

Aqui vai o resumo do artigo:
Resumo: O presente artigo busca compreender o fenômeno da violência entre "torcidas organizadas", a partir das justificativas de explicação dos atos de violências utilizadas pelas "autoridades públicas" e torcedores. Mostra, em síntese, que a violência produzida pelos grupos de torcedores é parte da dimensão cotidiana dos grandes centros urbanos na sociedade brasileira contemporânea, conseqüência do esvaziamento político-cultural-coletivo dos novos sujeitos sociais.

E o link para quem quiser ler o mesmo na integra:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392000000200015&script=sci_arttext

Ameaças

Um documentário bem interessante do esporte espetacular da globo, onde alguns jogadores revelam sofrer ameaças de integrantes de torcidas organizadas.

Rivalidade entre torcedores


Muitas vezes o esporte preferido da nação brasileira acaba sendo confundido com selvageria, agressões tanto dentro quanto fora de campo.O que não vemos é o que está por trás de toda essa selvageria, e um dos objetivos desse blog é mostrar como funciona, quem participa e quais são as verdades e mentiras sobre as torcidas organizadas.

terça-feira, 2 de março de 2010

Rivalidade nos Jogos de Futebol

Esse blog tem como objetivo principal atender à proposta da disciplina Estrutura e Dinâmica Social ministrada pela professora Andrea Paula na Universidade Federal do ABC (Santo André - SP), discursando o tema escolhido pelos alunos Ariana Pimentel Marcondes, Gabriela Gomes das Neves, Leonardo Côrrea Auricchio, Paulo Victor Starling de Oliveira e Roger Hideo Ohayashi. Periodicamente será debatido nesse blog temas relacionados à rivalidade que ocorre em jogos de futebol entre torcidas e o fanatismo existente por parte dos torcedores, ilustrando o assunto com textos, entrevistas, vídeos, ilustrações, etc.