segunda-feira, 15 de março de 2010

Futebol e a fúria das torcidas organizadas - Aspectos sociológicos e jurídicos//Última parte

Essa é a última parte que considerei importante do artigo citado nos últimos 3 posts do advogado Gustavo Serafim de Aguiar Silva.Essa parte traz a conclusão do artigo...Lembrando que meus comentários sobre o texto estão sempre ao fim do texto..

o link para quem quiser ler o artigo na integra é:
http://www.duplipensar.net/artigos/2008-texto/futebol-furia-torcidas-organizadas-introducao.html
Conclusão

Urge mudar essa realidade! É evidente de que as instituições do Estado e principalmente a família estão falhando sistematicamente na educação e proteção do desenvolvimento dos jovens. É inadmissível que um jovem para se identificar com um determinado grupo tenha que se impor fisicamente e o que é pior, todos seus atos configurem ilícitos penais e que venha causar danos gravíssimos a outro jovem, quando não raras vezes acabe com a morte do próximo.

É claro que as soluções administrativas encontradas pelo STJD ou pela CBF não passam de manobras paliativas frente a gravidade dos acontecimentos, como os portões fechados, torcida adversária proibida de ir ao Estádio entre outros.

O problema da arma branca não deve se concentrar em sua definição, pois absolutamente qualquer objeto a mão de um torcedor furioso pode se configurar como arma branca. Muito menos ao seu porte, mas sim como configurador de ilícito de baixa gravidade, exclusivamente nessas situações da torcidas organizadas, nas dependências ou vizinhanças do Estádio, para que na sua incidência, medidas mais sérias possam ser tomadas, pois do jeito que está não pode continuar.
E o mais importante, pela consciência do torcedor de seus Direitos como consumidor frente às obrigações do clube por cuidar de sua proteção nas dependências do clube. Pois com a incidência de indenizações pressionadas pela justiça nesse cumprimento, os clubes certamente hão de melhorar sua segurança com câmeras, detectores de metal, segurança privada e na proibição de freqüentar suas dependências pelos torcedores marginais.

Infelizmente, esta tendência dos legisladores atuais não dá mostras de que vá haver alguma mudança. Conclui-se por fim, uma medida que se mostra muito eficiente enquanto as mudanças legislativas não aparecem, são as palestras oferecidas pelos órgãos judiciários e pelo Ministério Público em comunidades carentes e em colégios públicos e particulares. Também é muito eficiente a identificação dos membros das torcidas organizadas e de uma Delegacia de Policia “provisória” nas dependências do Estádio, para averiguação imediata dos principais infratores, recolhimento de objetos que causem perigo a incolumidade pública e para a efetivação dos termos circunstanciados.

Comentários:

O autor em sua conclusão cita as soluções que ele considera mais viáveis para diminuir o problema da violência nos estádios, dentre elas a necessidade dos torcedores que se sentirem agredidos ou incomodados com atos de violência nos estádios entrem com uma ação contra o clube , assim o clube se sentiria pressionado a tornar o estádio um ambiente mais seguro e além disso medidas educativas como palestras em escolas com o intuito de impedir que os jovens se tornem futuros agressores.
O que eu gostaria de deixar como comentário desse artigo é que eu considerei a visão do autor muito limitada perante uma realidade muito maior...em vários momentos em seu texto ele se utiliza de generalizações para retratar a realidade das torcidas organizadas, sempre as tratando como verdadeiros antros de marginais e agressores...

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