sexta-feira, 26 de março de 2010

Invictus, como um esporte uniu um pais.

O ano é de 1995, e a copa do mundo de rugby se aproxima, na Africa do Sul o rugby é tido como um esporte de branco, e o time nacional Springboks é visto como simbolo da supremacia branca mesmo com o fim do apartheid. Enquanto isso Nelson Mandela na presidencia do pais tenta de a todo instante com que seu governo seja de união ("arco-iris") e que os negros não tendam a apos o fim da opressão se vingar dos brancos, devolver todos os sentimentos de frustração que sentiram antes mas sim... dar aos brancos o perdão de uma discriminação exacerbada e com isso fazer um pais realmente igualitario para todos...

E qual é a proposta ao longo do filme, que é baseado em fatos reais, atraves da copa mundial de rugby conseguir fazer com que as pessoas torçam para o pais... e não mais para os rivais do Springboks , mas unindo-se a eles.

O time com quase de 100% brancos roda os campos do pais para treinos a pedido do presidente, e começa dentro do campo a integração da nação, vistando campos em guetos e em regiões desoladas pela falta de infra estrutura, alimento, moradia e todo o caos social que a Africa do Sul passava naquele momento. O time de rugby se fortalece, e vai passando jogo por jogo os negros começam a aderir ao "esportes dos brancos" e a copa mundial de rugby que estava ocorrendo na Africa do Sul tem agora um torcida pelo pais... barncos e negros torcendo por um time, os estádios apresentam bandeiras unicas da Africa do Sul... a nova bandeira.

Achei fantastico o filme, baseado em fatos reais ele transforma pouco a pouco a rivalidade da divisão de uma nação em um objeto que pode unir a nação que tanto precisava se libertar dos seus preconceitos.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Torcedores brigões de 18 a 52 anos de idade.

A seguir uma materia retirada do site goal.com mostrando que na Europa nao existe idade para brigar. (matéria do dia 21/01/2010)

Polícia detém hooligans por violência em Manchester

A Polícia britânica deteve na terça e nesta quarta-feira 11 possíveis hooligans por relação com os incidentes violentos antes e após a partida da semana passada entre Manchester City e Manchester United, pelas semifinais da Copa da Liga Inglesa.

Sete dos torcedores, de entre 18 e 52 anos, foram detidos em batidas feitas hoje em Greater Manchester, Preston, Lancashire, Bradford e Yorkshire. Os outros quatro, de entre 17 e 30 anos, foram encontrados nesta terça-feira em Manchester.

A Polícia acredita que as detenções vão desencorajar os torcedores violentos a ir hoje ao estádio Old Trafford, para a partida de volta da semifinal.

No jogo de ida, disputada no estádio do City, o United venceu por 2 a 1 com gols do atacante argentino Carlos Tévez.

Novo Estatuto irá responsabilizar organizadas



Torcida Organizada do São Paulo Futebol Clube, a Independente.




Durante encontro com o ministro dos Esportes, Orlando Silva Jr., na quarta-feira, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, concordou em agilizar a tramitação de um projeto de lei que altera o Estatuto do Torcedor.
O texto define penas de reclusão para torcedores que praticarem atos de violência e responsabiliza civilmente as torcidas organizadas pelos danos causados por seus membros. O projeto, de autoria do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), está em fase de análise por comissões do Senado, que pode ser abreviada mediante acordo das lideranças.
A discussão foi reforçada após confrontos, no último domingo, entre torcedores de São Paulo e Palmeiras, que resultaram em um morto e pelo menos 20 feridos.


Reportagem extraída do Jornal Folha de São Paulo, edição de 28 de fevereiro de 2010.



Montagem realizada por torcedor da Mancha Verde com imagens agressivas da atuação de alguns componentes da organizada.




terça-feira, 16 de março de 2010

Nem tudo são flores...

Foi citado muitas atividades pertinentes realizadas pelas torcidas organizadas, mas infleizmente continuamos com o problema da violencia do futebol... segue então o artigo sobre as "BArras brava" que inicialmente era um movimento argentino e atinge atualmente o Brasil também... são movimentos de diversos de times mas com fanastismo exacerbado que contribui pra cegar as mentes das pessoas que aplicam a violencia no futebol...

Link: http://planetaboleiros.wordpress.com/2008/11/04torcida-a-alma-do-espetaculo-edição-especial/

segunda-feira, 15 de março de 2010

Futebol e a fúria das torcidas organizadas - Aspectos sociológicos e jurídicos//Última parte

Essa é a última parte que considerei importante do artigo citado nos últimos 3 posts do advogado Gustavo Serafim de Aguiar Silva.Essa parte traz a conclusão do artigo...Lembrando que meus comentários sobre o texto estão sempre ao fim do texto..

o link para quem quiser ler o artigo na integra é:
http://www.duplipensar.net/artigos/2008-texto/futebol-furia-torcidas-organizadas-introducao.html
Conclusão

Urge mudar essa realidade! É evidente de que as instituições do Estado e principalmente a família estão falhando sistematicamente na educação e proteção do desenvolvimento dos jovens. É inadmissível que um jovem para se identificar com um determinado grupo tenha que se impor fisicamente e o que é pior, todos seus atos configurem ilícitos penais e que venha causar danos gravíssimos a outro jovem, quando não raras vezes acabe com a morte do próximo.

É claro que as soluções administrativas encontradas pelo STJD ou pela CBF não passam de manobras paliativas frente a gravidade dos acontecimentos, como os portões fechados, torcida adversária proibida de ir ao Estádio entre outros.

O problema da arma branca não deve se concentrar em sua definição, pois absolutamente qualquer objeto a mão de um torcedor furioso pode se configurar como arma branca. Muito menos ao seu porte, mas sim como configurador de ilícito de baixa gravidade, exclusivamente nessas situações da torcidas organizadas, nas dependências ou vizinhanças do Estádio, para que na sua incidência, medidas mais sérias possam ser tomadas, pois do jeito que está não pode continuar.
E o mais importante, pela consciência do torcedor de seus Direitos como consumidor frente às obrigações do clube por cuidar de sua proteção nas dependências do clube. Pois com a incidência de indenizações pressionadas pela justiça nesse cumprimento, os clubes certamente hão de melhorar sua segurança com câmeras, detectores de metal, segurança privada e na proibição de freqüentar suas dependências pelos torcedores marginais.

Infelizmente, esta tendência dos legisladores atuais não dá mostras de que vá haver alguma mudança. Conclui-se por fim, uma medida que se mostra muito eficiente enquanto as mudanças legislativas não aparecem, são as palestras oferecidas pelos órgãos judiciários e pelo Ministério Público em comunidades carentes e em colégios públicos e particulares. Também é muito eficiente a identificação dos membros das torcidas organizadas e de uma Delegacia de Policia “provisória” nas dependências do Estádio, para averiguação imediata dos principais infratores, recolhimento de objetos que causem perigo a incolumidade pública e para a efetivação dos termos circunstanciados.

Comentários:

O autor em sua conclusão cita as soluções que ele considera mais viáveis para diminuir o problema da violência nos estádios, dentre elas a necessidade dos torcedores que se sentirem agredidos ou incomodados com atos de violência nos estádios entrem com uma ação contra o clube , assim o clube se sentiria pressionado a tornar o estádio um ambiente mais seguro e além disso medidas educativas como palestras em escolas com o intuito de impedir que os jovens se tornem futuros agressores.
O que eu gostaria de deixar como comentário desse artigo é que eu considerei a visão do autor muito limitada perante uma realidade muito maior...em vários momentos em seu texto ele se utiliza de generalizações para retratar a realidade das torcidas organizadas, sempre as tratando como verdadeiros antros de marginais e agressores...

domingo, 14 de março de 2010

Futebol e a fúria das torcidas organizadas - Aspectos sociológicos e jurídicos//Parte 3

Mais uma parte do artigo que citei nos dois posts anteriores, é muito importante que sejam lidas todas as partes para que se entenda o contexto que o autor do artigo cita e sua visão para o fenomeno das torcidas organizadas...

A realidade das torcidas organizadas

Podemos definir torcidas organizadas como agrupamento de pessoas simpatizantes de um clube de futebol, sem fins lucrativos, além do objetivo principal de incentivar o time, também defender a integridade física de seus membros durante os conflitos físicos e verbais com os adversários. Promovem eleições periódicas para eleger o quadro administrativo. Sabe-se que as torcidas organizadas assumem estrutura administrativa militarista, contendo estratégias de confronto, ataque e defesa.

Em 1969 foi fundada a primeira torcida organizada do Brasil, com o objetivo de fiscalizar dirigentes do SC Corinthians Paulista, a Gaviões da Fiel é uma organização burocrática, com registro civil em cartório e admitindo o confronto aberto entre torcedores e até mesmo contra a polícia. São justamente estes confrontos que fomentam o crescimento das organizadas, por mais contraditório que possa parecer.

É evidente que os confrontos entre torcidas não são resultados do destino. São manifestações planejadas com minúcias militares, envolvendo táticas e armamentos como o coquetel molotov7, bombas de fabricação caseira, armas de fogo, estiletes e vários outros objetos que estejam ao alcance imediato que possibilitem lesões seguida de morte.

As demonstrações de coragem, ousadia e suposta superioridade de um grupo sobre o outro, são verdadeiras demonstrações de sensações que os jovens têm de pertencimento e de acolhida em um grupo estruturado aos moldes da sociedade, entretanto, neste espaço suas ações tem ressonância e conquistam respeito do grupo, mesmo que configurem ilícitos penais.

A existência de jovens entre a maioria dos associados, se explica pela sensação de segurança relacionada à adesão, a ideais rígidos de masculinidade, pelo companheirismo e pala possibilidade de auto-firmação pelo meio da força. Seguindo esse contexto, nossas instituições, as famílias inclusive, fracassam em respostas as necessidades e aos desejos destes jovens.

Comentários:
Nessa parte do artigo eu achei que o autor foi meio exagerado pois o que ele descreveu na minha opnião foram guerrilhas e não torcidas organizadas...mas de qualquer o que podemos tirar dessa parte do artigo é que a visão do autor se limita apenas a violência gerada pelas torcidas organizadas se esquecendo de todo o resto como projetos sociais realizados pelas mesmas.Outro ponto interessante desse trecho do artigo é essa sensação de acolhimento que ele diz que os jovens sentem nesses locais, pois realmente existem algumas necessidades dos jovens que muitas vezes as familias não conseguem suprir.
Algumas dessas necessidades podem ser supridas em ambientes como as torcidas organizadas, mas não só as necessidades que o autor cita relacionadas a violência mas outras também relacionadas a lazer e cultura, que são supridas por projetos sociais que muitas vezes são as unicas fontes de lazer de jovens da região...

sábado, 13 de março de 2010

Futebol e a fúria das torcidas organizadas - Aspectos sociológicos e jurídicos//Parte 2

Ai vai a próxima parte que achei interessante no artigo que postei ontem, lembrando que meus comentários estão no fim do post...

Origens e identificações da violência desportiva

É incontestável a paixão do brasileiro pelo esporte número um, o futebol. Alguém conhece algum amigo, vizinho ou colega que admita com tranqüilidade, a superioridade do time rival? É claro que as derrotas são conseqüências de um juiz ladrão, mal intencionado ou cego. Se o time joga mal, pode ser um dia ruim do armador, ou melhor, o técnico burro escalou mal. Quantas vezes nós já xingamos nossos vizinhos com sonoros palavrões, ou o juiz por expulsar um de nossos jogadores por uma “entradinha”? Sem falar no ótimo programa que se tornou reunir os amigos para um churrasco antes de assistir a um jogo acompanhado por cervejas bem geladas.

Infelizmente, nosso trabalho tem por escopo enfrentar o problema do torcedor fanático, blindados por grupos solidários ao seu sentimento e escudados pela camisa de um time. As arquibancadas não são mais locais seguros para as famílias, sendo palco da violência entre torcidas, absolutamente, qualquer lugar serve para esta rinha de furiosos.

No dia 29 de maio de 1985, o mundo do futebol e do esporte ficou marcado pela extrema violência dos hooligans ingleses contra os italianos. Antes mesmo do inicio do jogo no Estádio de Heysel, na Bélgica, já havia decorrido o conflito com o resultado catastrófico de 38 mortos e 450 feridos. A final da Copa da Europa ficou sem brilho e os gritos de gol foram abafados pelos urros de horror e socorro. O acontecimento ficou conhecido como o Massacre de Bruxelas.

Conforme estudo sobre hooligans, trata-se de um fenômeno Europeu, com origem na Inglaterra, que modifica drasticamente o comportamento do espectador de futebol em relação a um conjunto de atitudes, valores pessoais e sociais e visões de mundo. Iremos expor as duas versões para explicar este fenômeno:

A primeira versão aponta a relação direta da violência no futebol com a estrutura de classes, com origem nos jovens filhos de operários. Tal fenômeno seria uma conseqüência dos ajustamentos políticos, econômicos e socioculturais promovidos desde os anos 1960 na Grã-Bretanha, vinculando a violência ao desemprego. Torcedores estariam reproduzindo as relações estabelecidas em seus bairros, onde a cultura proletária elege seus líderes, aqueles que demonstram maior força física e coação moral na busca pelo respeito.

A segunda versão é mais ampla, explica que os grupos de hooligans foram formados por vários grupos existentes (teddy-boys, rockers e skinheads) e o comportamento agressivo não estaria apenas vinculado a classe social as quais pertencem, mas sim no nascimento de uma cultura juvenil que valoriza a força física, o confronto e a prática da violência gratuita contra supostos adversários. Sendo a mídia indispensável na divulgação de seu movimento.3

Os hooligans são, em sua grande maioria, jovens urbanos que aderiram à cultura da violência gratuita e acostumada à própria violência de nosso cotidiano. O termo hooligan tem sua possível origem da publicação de Hooligan Nights, de Clarence Rook, publicado em 1899. Narra à história de um jovem briguento, desordeiro e homicida, que condenado, morre na prisão, seu nome era Patrick Hooligan. Existe uma segunda versão para o surgimento do termo, vinculada a uma família Irlandesa que viveu em Londres, no fim do século XIX, os Houlihan, considerada violenta. O termo foi rapidamente associado a grupos de jovens violentos, na Europa os torcedores fanáticos ficaram rotulados por hooligans, no Brasil ficaram rotulados por torcidas organizadas e no restante da América Latina de barras bravas.

Comentários:Nesse post o autor nos mostra algumas possiveis causas dos surgimento da violência no futebol, usando como exemplo os hooligans da inglaterra, a primeira versão para o surgimento dessa violência diz que ela provém do meio social que os torcedores vivem e é apenas uma extensão dos seus bairros onde eles mesmo elegem seus lideres , que são "aqueles que demonstram maior força física e coação moral na busca pelo respeito". , ou seja as pessoas que estão praticando esses atos de violência são pessoas que de alguma forma sofreram ou sofrem por conta dos ajustamentos politicos que ocorreram na inglaterra nessa época trazendo um desemprego enorme e consequentemente aumento da marginalidade.(VIOLÊNCIA VINCULADA A CLASSE SOCIAL)

A segunda versão diz que a formação desses grupos de torcedores violentos veio da junção de outros grupos que já tinham histórico de violência como os teddy-boys e os skin-heads, ou seja não seria novidade, mas seria apenas uma continuação da cultura juvenil que valoriza a força fisica acima de tudo, ou seja não estaria vinculada somente a classe social.(VIOLÊNCIA NÂO VINCULADA APENAS A CLASSE SOCIAL)

Essa introdução a violência na Inglaterra pode nos ajudar a analisar a violência das torcidas no futebol brasileiro, pois nos permite saber por onde começar...será que a violência das torcidas organizadas está relacionada com a repressão as classes sociais mais baixas ou a falta de oportunidade dos menos favorecidos? esse é um assunto para se pensar...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Futebol e a fúria das torcidas organizadas - Aspectos sociológicos e jurídicos

Encontrei mais esse artigo muito interessante sobre as torcidas organizadas e como elas se estruturam, nos próximos posts colocarei as partes dos artigo que considerei mais importantes para o contexto do trabalho, sempre ao final de cada post comentando o que eu acho do que está escrito no post...

O nome do artigo é: Futebol e a fúria das torcidas organizadas - Aspectos sociológicos e jurídicos e foi escrito pelo advogado Gustavo Serafim de Aguiar Silva.
Para que os posts não fiquem muito grandes colocarei cada parte que considerei mais importante em um post.

Introdução
A violência no país aumentou incomensuravelmente na última década e a impunidade e a exigência da sociedade pela apuração dos culpados em conformidade com a pressão da imprensa em casos de comoção social tem gerado críticas vorazes ao Poder de Polícia e ao Ministério Público sobre sua capacidade, transparência e como garantidores da ordem social.

É necessário o entendimento dos enlaces realizados entre o Direito Penal e o Direito Civil, principalmente na seara da proteção ao consumidor. A uma névoa frente os olhos dos consumidores, ou seja, dos torcedores pacíficos que não conhecem seus direitos frente aos poderosos clubes e seus deveres e obrigações com seus associados e torcedores.

Diante de um ilícito penal, caberá ao torcedor (consumidor) recorrer ao órgão competente para investigar o ilícito e concorrentemente tomar as devidas providências na área civil para o ressarcimento pelos danos sofridos? Uma mesma situação poderá ter repercussões tanto na esfera penal como na esfera civil? Quando este mesmo fato for tratado por ambos, haverá uma conexão, porém, sem que cada um perca por isso suas características próprias?
Cogita-se sobre até a suspensão de jogos como solução apaziguadora das infindáveis batalhas campais, mas tal solução não teria uma conotação inconstitucional? Perda de mando de campo, portões fechados e segurança privada são as formas ideais e mais eficientes de punir e coagir tamanha manifestação de ódio por parte das “organizadas”?

Ao mesmo tempo nos questionamos sobre a eficácia de nossas leis, e por óbvio, se há uma fiscalização por parte do Poder Público no cumprimento de nosso ordenamento.

O torcedor pacífico, que apenas quer assistir a um espetáculo esportivo, tem razão de ficar temeroso ao avistar uma torcida organizada rival? Ao portarem paus e pedras, configura algum ilícito? O que é arma branca? Configura como contravenção ou está tipificado no estatuto do desarmamento? Arma desmuniciada por um torcedor para dar um “sustinho” nos adversários, também configura ilícito? Que tipo de crime configura?

Este trabalho tem como objetivo fazer uma breve elucidação sobre o tema, com uma pesquisa referente ao fenômeno “torcida organizada” pelo aspecto sociológico, psicológico sociológico e dogmático, sem aprofundar muito em questões constitucionais, focalizando nas causas da violência entre torcidas organizadas, bens tutelados pelo ordenamento jurídico e nas garantias fundamentais aos cidadãos.


Comentários:Nessa introdução eu achei que o autor resumiu bem os problemas que um torcedor comum pode encontrar ao ir ao estádio e citou algumas das soluções propostas pelo poder público para diminuir a violência nos estádios...
" Perda de mando de campo, portões fechados e segurança privada são as formas ideais e mais eficientes de punir e coagir tamanha manifestação de ódio por parte das “organizadas”?"
Essa pergunta que o autor deixa no ar nos leva a pensar sobre as soluções propostas pelo governo e sobre a efetividade dessas soluções, que na minha opnião é quase zero, principalmente a questão de jogos com portões fechados , pois prejudica a todos os torcedores e não só os que agiram de maneira inadequada, eu acredito que a melhor maneira de se evitar violência nos estádios é através do cadastro em um banco de dados de todos os torcedores que vão ao local, para que assim seja mais fácil a identificação dos transgressores da lei e assim os mesmos possam ser punidos...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Doaçao de sangue (campanha)

Campanha corintiana incentivando a doação de sangue.

Mais torcidas com essa inciativa!!!

terça-feira, 9 de março de 2010

A comunidade MORAL

Encontrei uma reportagem bem bacana esses dias sobre as Torcidas Organizadas com uma passagem histórica e uma análise crítica sobre o assunto:





A Comunidade Moral
( por José Paulo Florenzano)

As torcidas organizadas, no Brasil, assim como os agrupamentos ultras, na Itália, começaram a ocupar as arquibancadas e a modificar o clima e a paisagem dos estádios a partir dos últimos anos da década de 1960.
Lá, como cá, abandonaram a condição de simples espectadores da partida de futebol para desempenhar o papel de protagonistas do espetáculo que elas próprias criavam e desenvolviam, inspiradas pela "metáfora da guerra", como mostra a perspectiva antropológica de Alessandro Dal Lago.
A violência, no entanto, não se restringia aos limites de uma batalha simbólica, mas se deslocava no espaço, driblava as medidas de repressão e adquiria, ao longo do tempo, forma e intensidade, alcance e significados muito diversos.
De fato, como mostram os estudos feitos na Itália, os jovens torcedores logo enveredaram pela estrada do antagonismo violento, militarizaram-se, adotaram a "lógica da guerra".
Isso os levava a planificar com antecedência a escolha do lugar da luta, a calcular o momento certo da ação, a delinear previamente a tática a ser empregada no combate travado cada vez mais fora das praças esportivas.
Ao mesmo tempo, procuraram alcançar um consenso em torno das "regras do jogo" no qual se achavam imersos -isto é, definir as armas, os atores e as circunstâncias do confronto.
Uma circular redigida por integrantes do movimento buscava estabelecer os ditames do comportamento ultra: "Não se toca nas mulheres e nos velhos e não se enfrenta quem não tem nada a ver e não tem a possibilidade de se defender".
Visto por esse prisma, o estereótipo da "horda de bárbaros embriagados" transfigurava-se, segundo o sociólogo Antonio Roversi, em uma "comunidade moral".
Esta era edificada com base em um repertório próprio de regras, dotado de mecanismos simbólicos de integração dos jovens reunidos na cultura da curva, na qual a violência desfrutava de um lugar privilegiado, mas não se revestia de uma forma caótica nem se desenvolvia de modo aleatório.
Ao contrário, ela se desenrolava no quadro das rivalidades e das alianças tecidas entre os diversos agrupamentos e de acordo com o código de comportamento aceito e partilhado pelos torcedores.
A via brasileira apresentava pontos em comum com o percurso italiano, mas também se distinguia pela elaboração de características próprias e traços originais.
Nesse sentido, enquanto o caminho dos ultras atravessava o campo minado do extremismo político (alguns grupos se autodenominavam "brigadas", em alusão ao partido armado identificado pela estrela de cinco pontas), o das organizadas desembocava na República do Futebol, paisagem histórica definida por inúmeras experiências de autonomia - como, por exemplo, o Trem da Alegria, idealizado por Afonsinho, e a Democracia Corintiana, liderada por Sócrates.


Aspectos contraditórios

Essa paisagem histórica, delimitada pelos anos de 1978 a 1984, contemplava ainda a iniciativa do jogador Wladimir de estender às gerais e arquibancadas o processo de mudança deslanchado no Corinthians: "As discussões são abertas aos diretores, aos jogadores, aos sócios e até à torcida".
Mas a participação desta última nos anos revolucionários do futebol brasileiro comportava aspectos contraditórios.
De um lado, ela promovia o salto de qualidade no exercício da violência, refletido tanto no conflito entre as organizadas do Santos e da Portuguesa -em 1979, na Taça São Paulo, com um saldo de 15 pessoas feridas- quanto nas brigas ocorridas antes, durante e após o clássico entre Santos e Corinthians, em 1983, com tiros disparados ao redor do estádio e focos de incêndio dentro do Morumbi.
De outro lado, ela reivindicava o direito de participação e o concretizava por meio de várias iniciativas.
Entre elas, pode-se destacar, em 1977, o debate sobre a criação de uma Associação das Torcidas Organizadas; em 1978, a greve promovida pela Torcida Uniformizada do Palmeiras contra o desgoverno implantado no clube; em 1981, a crítica da Torcida Jovem do Santos à fórmula esdrúxula do Paulista; e, em 1984, a presença da Gaviões da Fiel nos comícios das Diretas-Já.
Violência e participação se constituem, portanto, nos fatores decisivos do universo das organizadas.
Isso significa que, além do combate imprescindível e sem tréguas à impunidade dos atos brutais, o enfrentamento do problema atual pode incluir a criação de novos canais de participação e espaços de debate.
De fato, como diz o sociólogo Antonio Roversi, juízos acusatórios e categoriais morais impedem a compreensão do quadro dinâmico das torcidas.
Eles não permitem, assim, elucidar as linhas de continuidade, identificar os pontos de ruptura, apontar as reviravoltas que ora as colocam no exercício de uma violência desregrada, ora as aproximam da prática democrática elaborada em conjunto por aqueles que desejam reinventar a República do Futebol e manter, tanto quanto possível, a rivalidade dos jovens torcedores nos limites de um duelo simbólico.

José Paulo Florenzano é professsor de antropologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, bolsista da Fapesp e autor de "A Democracia Corinthiana".




Retirado de:
Jornal Folha de São Paulo, edição de 28 de fevereiro de 2010.


segunda-feira, 8 de março de 2010

O União das torcidas Organizadas.

Achei um portal muito interessante que unia diversas torcidas organizadas, o que mais me chamou atenção é que o site tem um grande destaque para as produções das torcidas: bandeirões e outras formas de expressão. O mais legal disso tudo é que a rivalidade no esporte serve como forma de arte, o que poderia parecer tão bobo para muitos, para esses grupos são formas de enxergar o mundo .....

Outra observação interessante é que existe um estatuto do torcedor!!!! Não tinha conhecimento disso, e o estatudo protege do torcedor a organização da pratica desportiva quanto a trasparencia de jogo e pans...

Tem muito material... vou mexer mais um pouco nele para ver o que acho...

Segue o site:
www.organizadasbrasil.com

Livros sobre futebol e torcidas de futebol

Alguns livros que podem trazer boas informações pra nós interessados no assunto:

“Torcidas Organizadas de Futebol” – Luiz Henrique de Toledo
“Ponta pé inicial, Memória do Futebol Brasileiro” - Waldenyr Caldas

Abraço a todos.

Top 10 das maiores rivalidades no futebol

Segundo a CNN, segue a lista dos maiores classicos mundiais considerando a historia dos clubes, numero de torcedores e quantidade de confrontos:

1º. Celtic x Rangers (Escócia)
2º. Lazio x Roma (Itália)
3º. Boca Juniors x River Plate (Argentina)
4º. Al Ahly x Zamalek (Egito)
5º. Galatasaray x Fenerbahce (Turquia)
6º. Olympiakos x Panathinaikos (Grécia)
7º. Red Star Belgrade x Partizan Belgrade (Sérvia)
8º. Wydad x Raja Casablanca (Marrocos)
9º. Corinthians x Palmeiras (Brasil)
10º. Peñarol x Nacional (Uruguai)

domingo, 7 de março de 2010

Entrevistas

Bom galera, conforme o combinado, estou correndo atras dos contatos dos presidentes das maiores torcidas de Sao Paulo. Acho que nao vamos ter problemas quanto a isso, uma vez que os lideres das torcidas tem total interesse em medidas que tentem ou possam acabar com os conflitos. Novas informações eu aviso...

sábado, 6 de março de 2010

Torcidas muito "organizadas"

O futebol é um esporte praticado por todo o mundo e a rivalidade existe da mesma forma como aqui. No video vemos um exemplo de rivalidade e idolatria de torcidas por seus times. Da pra perceber que lá as torcidas sao muito "organizadas" mesmo, pois marcam encontros em ruas que mais parecem guerras medievais.

Será que queremos ser um país tendo esse como exemplo?

Link do Video

sexta-feira, 5 de março de 2010

Projetos Sociais

Dentro do contexto de projetos sociais desenvolvidos por torcidas organizadas encontrei um ótimo exemplo da torcida organizada gaviões da fiel.
Nesse exemplo existe o pedido de parceria com os ministérios e alguns exemplos de projetos sociais já em andamento e planejamento para projetos futuros.

http://www.gavioes.com.br/arquivos/pdf/projeto2009.pdf

Documentário do MTV overdrive

Ao pesquisar pela internet me deparei com esse documentário muito interessante sobre as torcidas organizadas feito pelo MTV overdrive.O Documentário está dividido em 5 episódios e traz visões tanto de pessoas de dentro quanto de fora das torcidas organizadas com participação de renomados jornalistas esportivos como Paulo Vinicius Coelho da ESPN e Juca Kfouri.Esse documentário conta um pouco da história das torcidas organizadas relacionando não só com o momento atual mas também com momentos históricos do Brasil como a Ditadura Militar.
O documentário também traz criticas por parte dos torcedores organizados com relação a imprensa, pois eles acreditam que a imprensa maximiza as coisas ruins que acontecem como brigas e vandalismo, e muitas vezes se esquecem de valorizar o lado social que existe dentro das torcidas organizadas.

Episódio 1:Por que existem as torcidas Organizadas.


Episódio 2:A violência dentro e fora dos estádios
Parte1:

Parte2:


Episódio 3:Quem é o culpado pela violência? E qual é a solução?


Episódio 4:Qual o papel da imprensa?


Episódio 5:Rivalidade e paixão nas Torcidas Organizadas.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Mas nem tudo está perdido!



Bela iniciativa da torcida Gaviões da Fiel em protesto contra o Racismo e a exclusão social.

Artigo sobre torcidas organizadas

Ao pesquisar na internet encontrei um artigo muito interessante sobre a violência entre torcidas organizadas de futebol escrito por CARLOS ALBERTO MÁXIMO PIMENTA
Professor de Sociologia na Universidade de Taubaté.

Aqui vai o resumo do artigo:
Resumo: O presente artigo busca compreender o fenômeno da violência entre "torcidas organizadas", a partir das justificativas de explicação dos atos de violências utilizadas pelas "autoridades públicas" e torcedores. Mostra, em síntese, que a violência produzida pelos grupos de torcedores é parte da dimensão cotidiana dos grandes centros urbanos na sociedade brasileira contemporânea, conseqüência do esvaziamento político-cultural-coletivo dos novos sujeitos sociais.

E o link para quem quiser ler o mesmo na integra:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392000000200015&script=sci_arttext

Ameaças

Um documentário bem interessante do esporte espetacular da globo, onde alguns jogadores revelam sofrer ameaças de integrantes de torcidas organizadas.

Rivalidade entre torcedores


Muitas vezes o esporte preferido da nação brasileira acaba sendo confundido com selvageria, agressões tanto dentro quanto fora de campo.O que não vemos é o que está por trás de toda essa selvageria, e um dos objetivos desse blog é mostrar como funciona, quem participa e quais são as verdades e mentiras sobre as torcidas organizadas.

terça-feira, 2 de março de 2010

Rivalidade nos Jogos de Futebol

Esse blog tem como objetivo principal atender à proposta da disciplina Estrutura e Dinâmica Social ministrada pela professora Andrea Paula na Universidade Federal do ABC (Santo André - SP), discursando o tema escolhido pelos alunos Ariana Pimentel Marcondes, Gabriela Gomes das Neves, Leonardo Côrrea Auricchio, Paulo Victor Starling de Oliveira e Roger Hideo Ohayashi. Periodicamente será debatido nesse blog temas relacionados à rivalidade que ocorre em jogos de futebol entre torcidas e o fanatismo existente por parte dos torcedores, ilustrando o assunto com textos, entrevistas, vídeos, ilustrações, etc.